Conversa viva - páginas 28-40

O texto do programa «Consciência e Personalidade. Do inevitavelmente morto para o eternamente Vivo.» editado por Anastasia Novih. (Observação, a redução do texto: a apresentadora Tatiana – T; Igor Mikhailovich – IM, Jáná – J; Volodia – V; Andrei – A).

01:35:58 – 02:18:42

T: Igor Mikhailovich, você falou sobre a manifestação da Mãe de Deus, dos anjos e dos outros. As pessoas perguntam: «O que distingue a visão espiritual do fruto da imaginação deles? O que é a visão espiritual?»

IM: Visão espiritual – é exatamente a visão da realidade. E agora, tentando explicar isso, posso novamente baralhar as pessoas. Porque a consciência, (imaginação, alucinação da consciência), ela desenha sempre nas formas usuais: naquelas que nós podemos imaginar, naquelas que nós vemos. Olha para a mente, ela vai te mostrar muita coisa. Mas como se pode ver a manifestação do Espírito Santo, do anjo, ou outra coisa? Só com os olhos internos. Mas eles não mostrarão uma imagem tridimensional.

T: Sim... só com os olhos internos... Interessante, que as pessoas, que realmente, na prática vão pelo caminho espiritual, elas compreendem-se umas às outras independentemente de pertencer a uma ou outra religião, porque a Verdade é uma para todos. E tu percebes isso, quando lês cartas de diferentes partes do mundo, conversas com pessoas, que cresceram entre várias culturas ou tradições religiosas.

Por exemplo, no cristianismo, no sufismo como se fala sobre a compreensão do Amor de Deus? Nos tratados de sufismo, os praticantes descrevem o que significa conhecer Deus – é viver, contemplar com o coração Deus. Além disso, sob a palavra «contemplar» os sufis entendem como «visão espiritual». Eles sublinham que algumas pessoas caem no erro, acreditando, que a visão e contemplação espiritual – é uma certa imagem de Deus, formada e dada pela consciência deles em virtude de algumas das suas representações, memórias.

IM: Bem, isso são os programas de padrões da consciência ...

T: Mas a verdadeira contemplação – já  é o resultado da dedicação num sincero Amor.

Do Amor, que te eleva a ti como Personalidade a tal altura, onde a própria vida interior torna-se uma única aspiração para o Amado, para Deus, para o mundo Espiritual... só para Ele. E há essa compreensão interna, que, além Dele, nada mais existe.

J: Sim, porque tu percebes, que o trabalho sobre si próprio em primeiro lugar manifesta-se através da sinceridade e honestidade. E isso tudo ocorre em auto-restrição. Ou seja, isso não é preciso a alguém, isso precisas tu em primeiro lugar, tu mesmo. Aqui já surge essa necessidade interna de viver com Deus, viver com o Mundo Espiritual. E tu já anseias por esse contato interno, emergindo nessa alegria ilimitada do Amor, dessa vida com sentimentos profundos, porque isso te dá a realidade, isso te dá Vida, isso enche-te de Amor. Tu sentes que tu te preenches com ela, tu sentes a felicidade daquele mundo, que não pode ser temporária, como se ela derramasse sobre a borda, como ela é muita, como ela através da gratidão e Amor manifesta-se na sua infinidade. Tu percebes, que isto é tão simples! E tu sentes tal gratidão, tu estás numa graça... é muito difícil de se transmitir através das palavras. Tu simplesmente conectas-te com a fonte desse Amor de Deus e tornas-te parte dela. E tu anseias irradiar constantemente esse Amor e permanecer nele. Porque nesses momentos tu percebes, que ... o Espírito está em liberdade!

IM: Sim... para juntar-se ao Mundo Espiritual, é preciso «estar» do lado do Mundo espiritual e tu próprio tornares te um espírito, aí é que te juntarás. Ou seja, o Espírito pode aproximar-se de um Espírito, a matéria com a matéria. Fogo com fogo, água com água. Mas fogo com água não se misturam.

T: Igor Mikhailovich, tenho assim mais uma pergunta na carta de uma pessoa, que pratica o sufismo. Nos mesmos tratados de sufismo existe uma descrição, que quando a pessoa faz o «Mujahidin», ou seja o djihad interior contra as suas paixões, então a ele abre-se o "mushahadat", ou seja essa contemplação abençoada do Amor infinito, esse espanto prolongado da grandeza, o poder de Deus...

E a pergunta consiste em: «Quando a uma  pessoa se abre essa visão espiritual, apagam-se as diferenças entre este mundo terrestre e o Mundo Espiritual?»

IM: Na realidade, quando a uma pessoa abre-se «mushahadat», as diferenças não se apagam de maneira nenhuma. Simplesmente adquire-se uma nova perceção, distinta desta perceção, com a qual a Personalidade está habituada (para aquela perceção, que lhe impõe a sua consciência). A pessoa adquire algo novo. Ela não se associa com nada deste mundo, e mesmo descrevê-lo é complicado. Como por exemplo, como descrever o Amor de Deus? Com palavras terrestres nós tentamos, muitas vezes falamos disso, mas isso é na mesma uma distorção, isso é na mesma tentar fazer terrestre essa felicidade. Nós dizemos – felicidade. O que é a felicidade no entendimento humano? É algo temporário, momentâneo, um fenómeno que passa rápido. Mas lá ela (felicidade) é infinita. Nós dizemos – felicidade infinita, e nós comparamos o oceano ilimitado com uma gota na tua palma. E essa gota na tua palma nós e chamamos de felicidade ilimitada neste mundo. Mas na verdade – é um oceano, ele não tem limite, não tem nem começo, nem fim. E é difícil transmitir isso.

T: Ou seja, as diferenças entre o mundo terrestre e o Mundo Espiritual não se apagam, mas...

IM: ... as diferenças não se apagam, elas tornam-se, pelo contrário, claras. O que eu quero dizer com isto? Este tipo de maneira de transmissão de conhecimentos ou experiência, ela é bonita só filosoficamente. Isto soa, sobre isto falam e escrevem. Para a consciência isso é aceitável, que se apagam as diferenças, e para ela isso é atraente. É atraente exatamente para a consciência, que «as diferenças apagam-se, e este mundo passa suavemente para aquele, e aquele mundo é parte deste», como yin e yang.

Bem, é compreensível, que o Espírito está presente neste mundo, e tudo o que é vivo, está vivo porque há o Espírito, tira o Espírito – e desaparecerá tudo. Quer dizer, uma parte do Mundo Espiritual está presente aqui, mas ela está presente como um movimento, não mais. E depois tudo se faz assim, como se faz, mas faz-se à vontade do Príncipe, que dirige isso. E é lhe dado este poder não porque ele se revoltou, ou porque ele é poderoso ou porque é igual a Deus e conquistou o seu mundo – não, em nenhum dos casos. Nós já falamos muito disso, não vamos repetir. Mas a essência aqui é que, para o sistema é lhe favorável, que a consciência das pessoas assim perceba, isso lisonjeia o seu orgulho. Mas na verdade, tudo muda drasticamente, as imagens desaparecem, e há a compreensão do vazio deste mundo.

É por isso que muito se falou, e novamente repetirei, que a Personalidade não percebe o mundo tridimensional. A Personalidade começa a perceber este mundo a partir de dimensões muito mais elevadas. E em dimensões bem mais elevadas, mesmo na linguagem da física, este mundo transforma-se em nada. Ele é ridículo, ele é mesmo ridículo. Se existisse um espelho, que refletisse para a consciência aquilo, que vê e como percebe este mundo a Personalidade, eu penso, que esse seria o show mais interessante que podia ver neste mundo. Porquê? Porque aquilo que nós, consideramos de vida, afinal é um vazio, que simplesmente se mexe, mudando as ilusões.

Por isso semelhantes interpretações induzem um pouco as pessoas e aumentam, infelizmente, a influência da consciência na Personalidade. E para as pessoas, que entram em algum tipo de reflexões/pensamentos em relação a este tipo de declarações, para elas (pessoas) é mais difícil se libertarem. Porque a Personalidade recebe a informação da consciência que «têm de se apagar as diferenças para tudo ficar unido». E aí ela procura depois o caminho para lá, onde tudo está unido... Mas há diferenças. O que é Vivo não pode estar morto, e de certeza o que está morto não pode estar Vivo.

J: Sim, realmente, é uma informação muito útil para um praticante. Um exemplo muito frequente, e eu própria me deparei com isso no início do caminho, que quando a pessoa começa a praticar, a primeira coisa com que se depara, é o medo da consciência, ou seja o medo de ir para além do habitual. Quando, por exemplo, pela primeira vez a pessoa conseguiu fazer a prática (espiritual) e ele tocou... essa primeira experiência do contato com o espiritual...  esse primeiro contato com o desconhecido, ele causa também um ataque por parte da consciência. Isto é, a consciência impõe o medo. Em primeiro lugar, medo daquilo, que a pessoa pode perder a sua própria identidade. Será que é a sua identidade? É nisto que consiste a pergunta. Na verdade, o seu «Eu» só pode perder a consciência.

T: A consciência tem medo da novidade, especialmente nesse momento, sobre o qual tu estavas a falar, no momento do contato com o espiritual, com o além para ela, porque para a consciência isso é desconhecido, e o caminho para lá está fechado para ela, a consciência não sabe, não percebe. Como disse o Igor Mikhailovich, nesse momento simplesmente acontece «a saída da Personalidade além desses limites, nos quais pode funcionar a consciência».

J: Sim, e se a pessoa não se levou pelo primeiro medo, então aí surge o segundo medo da consciência, que «nunca mais conseguirás fazer isso».

T: Sim, mas primeiro ela diz, que: «Vê – lembra-te destes sentimentos, que foram agora ou os que foram no passado, e obrigatoriamente repete-os na próxima vez».

J: É claro, porque ela sabe, que na próxima vez a pessoa não conseguirá da mesma forma. Porquê? Porque, ao começar, na próxima vez a prática espiritual, em vez dela vai se esforçar a consciência e lembrar-te, como isso aconteceu na outra vez...

T: E a consciência ainda vai embelezar o teu «passado heróico». E apanharam te na atenção... Não é uma prática, mas sim um filme sobre o super herói da consciência, onde o diretor é o teu orgulho. Bem, o que te pode mostrar a tua consciência? Ela mostra mais uma ilusão, imagem, tudo o que se parece... Porque isto é tudo, de que ela é capaz.

IM: Notaste isso muito bem, que a consciência cria uma ilusão e com essa mesma ilusão tenta amarrar a Personalidade. Mas reparem, não à prática, não à experiência anterior, mas sim à ilusão, que criou a consciência no contexto da experiência anterior. Ou seja a pessoa, realizando a prática espiritual (independentemente de ser uma oração, uma meditação ou algo parecido), ela (pessoa) recebe uma experiência sentimental, a verdadeira experiência, a experiência da perceção do Mundo Espiritual. Nele se manifesta aquilo que, é impossível de descrever com as palavras. E aqui a consciência Primária, uma vez que ela tem uma ligação suficientemente forte com a Personalidade, ela recebe ecos.

Ela nao recebe aquela informação que entendeu a Personalidade.

A consciência Primária recebe só ecos. Não é a chama do fogo, mas, digamos, o brilho distante e o calor leve. Mas com base nisso, ela cria a ilusão. E depois, de a pessoa sair da prática espiritual ou da oração, a partir de um determinado período de tempo ela (consciência) obriga-a (pessoa) a analisar: «O que é que tu sentiste? O que é que entendeste?» E impõe a sua ideia... na interpretação do sistema. Não é absolutamente essa a experiência... A Personalidade recebe a verdadeira experiência, e a consciência cria a ilusão por base dessa experiência. E no futuro ela começa a contar à Personalidade, que «tu tens de sentir, isto e aquilo, isto e aquilo e isto e aquilo», isto é, leva-a para o mundo material. Ela obriga-a a sentir manifestações físicas, as quais ela sentiu durante a prática.

Mas outra vez, o que aconteceu durante a prática? Quando a Personalidade entrou em contacto com o que é desconhecido para a consciência, adquirindo experiência espiritual, obviamente, que ocorrem outros processos, manifestações mais fortes de outros tipos de energia. É física banal. No corpo físico também há ecos dessas manifestações. E a consciência, enfatiza novamente, a consciência Primária as interpreta. No futuro, configura a Personalidade, e diz: «Tu não conseguirás nada. Tu chegaste lá acidentalmente. E agora, para chegares lá e te enraizares, tu tens de convocar primeiro estas sensações no corpo físico. Tu tens de ter um estado da consciência alterado...» E começa a contar, aquilo que ela percebeu, e outra vez sempre com substituição. E a pessoa ao tentar fazer algo, já faz com a ajuda da consciência, e já não consegue.

No futuro, a consciência começa a contar-lhe: «Mas será que houve aquela experiência, ou isso foi uma ilusão? Ou isso foi uma auto-sugestão, auto-hipnose? Possivelmente isto foi uma alucinação, talvez, calhou desta maneira que tu sentiste isso. Na verdade, como vez, isso não existe. E o facto de que, disso falam outras pessoas, elas caem no engano, na ilusão. Neles fala uma espécie de fanatismo, até alguns transtornos mentais, que eles vêem aquilo, que não existe. E se tu irás praticar isso e farás isso, contigo também acontecerá esse problema. Por isso é melhor não fazeres isso. Porquê? Tu experimentaste, e não conseguiste. Então quer dizer, que isso não existe». E é com esta frequência e forma que a consciência retira as pessoas do caminho verdadeiro, substituindo com umas elementares demonstrações teatrais na tridimensionalidade, obrigando que a pessoa faça algo fisicamente, realizando certas práticas, sentar corretamente, em que posição está o teu corpo!? Mas qual é a diferença, o que é que tu fazes na tridimensionalidade?! Estás a tocar o pandeiro, estás a juntar pedras ou a fazer algum ritual – isso é só ritualismo, isso é simplesmente aquilo que te impõem o sistema.

Deus – Ele está perto. Ele está realmente mais perto, do que a tua artéria carótida. Ele está muito perto, e é muito fácil chegar a ele. Mas no teu caminho está algo muito maior, que montanhas. No teu caminho está a consciência, e a consciência – é parte do sistema. Ou seja no caminho ao Vivo está o morto. E é preciso nos lembrarmos disso.

E não te concentrares em nenhum dos casos naquilo que, te conta a consciência. É necessário o impulso espiritual, da experiência espiritual. Tens de aprender... simplesmente Viver. E a Vida – é maravilhosa. E mesmo a consciência te contando, te persuadindo, que «tu não terás sucesso e que não conseguirás nada», - isso não te diz respeito. A consciência realmente não conseguirá fazer isso. E ela realmente não sabe nada sobre o Mundo Espiritual. Assim, ecos de coisas que pessoas que alcançaram algo comunicam, e é disso que ela (consciência) cria as suas imagens ilusórias. Por isso o importante é ir e não desistir. E não dar ouvidos a Guias, que te levam não ao sítio correto... eu estou a referir-me à consciência. Porque a tua consciência – não é tua, faz parte do sistema, e não podemos nos esquecer disso. Aí estará tudo bem, aí tudo resultará.

J: Sim... e quando tu vives da perceção com os sentimentos, aí tu simplesmente Vives. E nisto está a enorme diferença, porque é como respirares o ar. E tu simplesmente sabes... como é... respirar... e mais nada. A consciência não dá a liberdade à Personalidade. É preciso simplesmente saber, que se conseguiste uma vez, então na segunda vez não tens de sonhar, não tens de culpar todos à tua volta que tu não conseguiste, porque isso é um truque, é um «olá» da consciência, quando ela procura o inimigo no exterior. É preciso simplesmente entender, que a consciência pode colocar obstáculos desses, porque não é lhe conveniente que tu te libertes espiritualmente. E aí tu percebes, que isso é só o trabalho da consciência, que é assim que ela funciona, tu não lutas com ela, mas sim simplesmente continuas a abrir-te na/para a liberdade. Ou seja, tu percebes, que tudo torna-se muito fácil, que tu não tens ligações ao passado, não tens ligações ao futuro. Tu compreendes, que na prática espiritual – é um constante «agora»,  porque há a verdadeira Vida. E na verdadeira Vida cada momento é irrepetível.

T: Absolutamente correto.

B: Tu simplesmente vives do interior, tu estás cheio por dentro. Tu vês esta diferença, não quando olhas com os olhos terrestres para a pessoa, mas sim quando olhas com o olhar espiritual interior. Torna-se muito fácil distinguir a Verdade da Mentira, porque qualquer pessoa que diga algo, tu já sentes, como é na verdade... A Pessoa fica para ti como na palma da mão: vêm-se todos os seus pensamentos que vêm da consciência, vê-se ela toda pela sua essência espiritual, porque tu sentes, e é impossível de enganar os sentimentos. Tu sentes, quem está vazio por dentro e não tem experiência espiritual atrás de si, sobre o qual a sua consciência transmite/diz.

Da mesma forma tu sentes aqueles, que, como  tu, estão em constante prática, aqueles que vivem do mundo Espiritual, quem está preenchido com este Amor familiar Divino (de Deus). Tu vês a sua essência espiritual, porque tu sentes-a de dentro, e tu percebes, que atrás disso está algo maior, aquilo, que vos une. E essa experiência, não é parecida com aquela, que houve na vida habitual, quando tu com a atenção alimentavas a consciência. Porque na tridimensionalidade tu alimentavas imagens... tu alimentavas a tua consciência. E quando começas a viver do mundo Espiritual, aí toda a tua atenção... está direcionada, através dos sentimentos profundos a Deus. A tua atenção está direcionada para o familiar, para a Fonte. Tu apenas vives do Espírito. Cada um escolhe, como ele há-de viver, cada um escolhe sozinho.

IM: Tu notaste isso corretamente. A visão Espiritual diferencia-se muito da visão terrestre. A visão Espiritual dá-te a compreensão da Verdade, tu vês aquilo, que na realidade existe. Mas a visão terrestre – é simplesmente aquilo, que a consciência quer a ti como Personalidade impor ou mostrar. Ou seja, cria outra ilusão, aquela, na qual tu tens de acreditar, aquela, que tem de te distrair do teu verdadeiro destino, daquele, por causa do qual tu estás aqui. Nisto há uma grande diferença.

A mesma coisa sobre a mentira... Mentira – é um elemento do sistema. No mundo Espiritual não há mentira e não pode haver. No mundo Espiritual só há a Verdade. Porque a visão espiritual, sublinho novamente, ela mostra sempre aquilo, que há na realidade. Um momento importante, as pessoas aspiram pela magia porque, na realidade a Personalidade procura o desenvolvimento espiritual...

T: Ou seja, a Personalidade sente essa necessidade do desenvolvimento espiritual, desenvolvimento de algo que está além dos limites, e a consciência substitui essa necessidade simplesmente pela magia?

IM: Sim. Há um sentido aqui. Ele está no facto de a Personalidade procurar saber a Verdade. A Personalidade procura a liberdade, a verdadeira liberdade. A Personalidade não tem e não pode ter inimigos, no mundo Espiritual quer se dizer. Do ponto de vista da compreensão do mundo Espiritual a Personalidade está completamente livre. Ela procura essa liberdade, ela aspira por ela. Mas a consciência, como nós já falamos e não uma vez, faz tudo para que, a Personalidade não consiga se desenvolver como uma criatura Espiritual, ou seja, para que guarde o seu poder, o seu poder ilusório sobre a Personalidade.

Correto... disseste isso absolutamente correto. Felizmente, gostava de anotar, que muitas pessoas começaram a perceber isso. E realmente é possível falar hoje em dia com muitos sem dizer nada. Olhando para a frente, direi, que com cada ano haverá mais e mais pessoas dessas. E isso é agradável... é realmente agradável.

A essência é, que a língua dos praticantes ou das pessoas, que vão pelo caminho espiritual, realmente aspiram por Deus independentemente das suas religiões ou outra coisa – é só uma, e as pessoas sentem-se umas às outras. Deus é realmente um, o mundo Espiritual – é um, e as pessoas não têm absolutamente nada para partilhar. Separa a consciência. Ela cria inimizade, impõe uma ilusão simplesmente por causa do poder, por causa do desejo de dominar a Personalidade. Mas quando as pessoas compreendem, o que é na realidade o Mundo Espiritual, elas se tornam uma família, independentemente da nacionalidade, das visões religiosas, se a pessoa era ateu ou outra coisa qualquer, como é que ela conseguiu sentir, que o mundo Espiritual existe. Assim que a pessoa sentiu isso, percebeu e compreendeu, ela torna-se parte da família espiritual, a verdadeira, inseparável, aquela família, em que a vida é Eterna, ela não termina e, como é óbvio, que ela não está na tridimensionalidade, ela não está na terra.

Na terra tudo é finito, qualquer coisa que haja cá, é temporária. Até aquelas ilusões, que impõe a consciência, elas são temporárias. É daqui que aparecem tais momentos, que as pessoas servem nas religiões toda a sua vida com a crença e verdade, e até ao seu último dia duvidam: «Mas será que existe Deus?». Porquê? Porque elas serviram... serviam à consciência. E está aqui um momento, a quem é que elas (pessoas) serviam com a sua consciência? Bem, definitivamente não a Deus, de certeza que não ao Mundo Espiritual. Elas serviam só ao sistema: em benefício de alguma organização, em benefício dos seus desejos ou algo mais, mas o mais frequente em benefício dos desejos dos outros, impostos pela consciência de outro, nem mesmo pela própria. Mas quando as pessoas compreendem através da prática, quando elas (pessoas) na realidade adquirem os conhecimentos, elas já não precisam de palavras. Elas compreendem isso, elas sabem. Elas sabem quem são, elas sabem, para onde vão e porquê. É um valor supremo. É para isso que as pessoas vêm para aqui, para nascerem... nascerem Vivos.

J: Sim...

T: Igor Mikhailovich, tocou-me muito aquilo o que disse agora, especialmente aquilo, que disse sobre uma só família no sentido espiritual. Mas a consciência inverte tudo e dá exatamente as idéias terrestres sobre a tua família. Ela parte e divide imediatamente... Mostra-te pessoas concretas, imagens... Como se diz, mostra-te os familiares pelo sangue. Ainda por cima a primeira coisa, que aparece na memória, é exatamente relações emocionais com essa pessoa, mais precisamente a relação com sua consciência.

O mais interessante, é que antes, estando com essas pessoas numa relação quotidiana, nunca lhe ocorreu o pensamento que essas pessoas realmente são... que essas pessoas da mesma forma, como em ti, há uma parte do Espírito Santo, que elas são uma Personalidade, Personalidade não no sentido material desta palavra.

Porque é que antes tu pensavas assim? Porque tu simplesmente pensavas, mas não sentias, porque tu próprio eras e vivias da consciência. E a consciência como sempre, está tudo construído no próprio egoísmo. E se olharmos com honestidade para as relações com os nossos familiares, nos momentos quando tu vivias sobre a ditadura da tua consciência, o que acontece? A tua consciência rebaixa a importância dos outros em algo em comparação contigo. Ela tem tudo em pensamentos secretos, e a consciência tem medo de pronunciar esses pensamentos. Ela tem medo da pureza dos relacionamentos, da sinceridade, da simplicidade. Porquê? Porque ela quer o poder, ela está preocupada com a sua coroa: quem disse algo mau sobre ti, ou ao contrário, quem te elogiou? E é nisso tudo que decorre toda a tua vida, mais corretamente decorre a vida da tua consciência. Mas quando tu percebes, que tu na verdade és uma Personalidade, então tu noutra pessoa já vez o seu potencial espiritual em primeiro lugar, tu vês uma Personalidade espiritual. E o mais importante, tu sentes-a independentemente daquilo, que a tua consciência te conta.

IM: Corretíssimo. Como é que compreende a nossa consciência, o que é a «família», o que é que é «familiares e pessoas próximas»? São novamente a mãe, o pai, a crianças, as avós, os avós, irmãos, irmãs, bem, e a família toda. Na verdade, quando as pessoas obtêm experiência espiritual, elas percebem, que todos estão unidos independentemente da cor da pele, independentemente, de onde quem vive. É só um, é um todo, é a humanidade. Cada um tem a alma. E fazer a alguém algum mal – é incorreto, é a mesma coisa, que fazer um mal à pessoa mais próxima. Odiar alguém – é incorreto, mesmo se a pessoa é má e fez-te algo mau, é preciso perceber, que isso é a consciência dela. Eu não tou a dizer, que se te deram uma chapada na bochecha esquerda, dá a direita. Quando à tua frente está o sistema, também é preciso fazer com que perceba, de outra forma ela não entenderá. Mas quero reforçar, a Personalidade como potencial Criatura Espiritual, ela é igual em todos, ela pertence mais ao Mundo Espiritual. E só quando, ela se rende, e perde o seu Armageddon e torna-se parte do sistema, aí ela simplesmente morre... Sim, lentamente... Subpersonalidade – isso é um problema, torturas após a morte também são difíceis. Mas a pergunta não está isso... Isso na mesma tem fim, ela na mesma pára de existir.

Mas enquanto a pessoa está viva, ela tem uma chance, ela tem oportunidade para se juntar ao Mundo Sem Fim, para o Mundo Espiritual e tornar-se parte de uma enorme família. E aqui é importante compreender, que qualquer mal, o qual a pessoa multiplique na consciência, mete-se realmente entre a Personalidade e o Mundo Espiritual e afasta-te das tuas pessoas mais próximas. E como eu já disse, o mais próximo – é qualquer pessoa. Isso sentem e percebem especialmente as pessoas, as quais alcançam na prática a compreensão do Mundo Espiritual. Elas percebem isto tudo.

Obviamente, que há um momento negativo, falando na linguagem terrestre. Porquê? Porque como já foi dito, sente-se e a mentira da consciência. Quando a pessoa chega, falando em linguagem religiosa «com o diabo no peito» e transmite do diabo, obviamente, é desagradável. Tenho pena da Personalidade dela, tenho pena dela...  o momento perdido de atingir a realização espiritual. Mas ao mesmo tempo, quando permite, que para ela (pessoa) como personalidade lhe dite a consciência e através dela o mal seja feito – é desagradável. Mas pelo menos a pessoa sabe a Verdade. Ela sabe, com quem está a falar: está a comunicar com o Espírito ou está a comunicar com o diabo. Isso também é importante.

J: Sim, e isso é um dos efeitos colaterais do desenvolvimento espiritual, quando tu sentes a pessoa antes de ela (pessoa) ter começado a falar, quando tu entes, de quem é que ela agora vai falar e o que é ela quer na verdade. E tu já sabes o objetivo final da sua chegada. Porque isso não algo sobrenatural, quando as pessoas apanham pedaços dos pensamentos. Não, aqui tudo é muito mais sério. Tens uma inteira, abrangente compreensão. Tens uma inteira, abrangente perceção. E tu entendes esse relacionamento de causa-efeito, ou seja tu vês mais profundamente, tu sabes, de quem vem o que a pessoa diz: do Espírito ou do sistema. e tu sabes, o que quer o próprio sistema. Tu simplesmente sabes...

VÍDEO DE TELA

O Vivo não pode estar morto, e de certeza o que está morto não pode estar Vivo.

IM: Se olharmos para a verdade, a consciência manipula a pessoa. Ela e ajuda: nós falamos e compreendemos um ao outro com ajuda dela. Mas ela, sob o pretexto de ser intermediário, entre a Personalidade e a tridimensionalidade, ela manipula a pessoa.

A Personalidade, ela não é totalmente material. Se a consciência é material, então a Personalidade é imaterial. Para a compreensão deste processo explicarei de forma simples, como isso decorre. A consciência é um intermediário, ela tem uma conexão direta com a Personalidade. É por isso que nós compreendemos, vemos, sentimos e tudo o resto. Neste processo a Personalidade recebe essa informação sobre a tridimensionalidade, que lhe dá a consciência naquele formato, no qual nós estamos habituados vê-la. Mas quando a pessoa abre as possibilidades da visão interior, aí a tridimensionalidade é completamente diferente, e a compreensão de um criatura com dois pés, ou mais alguma coisa, mas isso não corresponde com a realidade.

T: Ou seja, perde-se a importância da própria matéria?

IM:  Sim. Uma pessoa expressou bem esse fenômeno. A ele perguntaram-lhe «Como é que tu vês outra pessoa?» E ele respondeu: «Viu alguma vez a rotação de elétrons, a nuvem eletrónica? É algo semelhante a isso, só que com mais sujidade».

T: Isso também é uma pergunta frequente: «O que quer dizer outra visão da pessoa?» Quando a pessoa, não viu nada mais a não ser a tridimensionalidade, e não tem ele essa experiência prática da compreensão sentimental, aquilo que a sua consciência lhe mostrou noutra pessoa? É só o corpo, ou seja, falando na linguagem física, uma imagem tridimensional, porque é assim que está configurada a sua consciência.

IM:  Sim isso é assim. Uma pessoa vê na outra a tridimensionalidade: as mãos, os pés e tudo o resto. Mas se nós olharmos a perceção sentimental, realmente da perceção espiritual para a tridimensionalidade, o que é que nós veremos, mesmo se nós olharmos para a outra pessoa? Nós vemos um objeto – é uma mancha borrada. É parecido... como a rotação do eletrão ao redor do núcleo do átomo. Simplesmente uma nuvem borrada, e vê-se todos os seus componentes. Mas nós não vemos na perceção sentimental um objeto tridimensional. E aqui está, claramente, para nos ajudar a consciência. Ou seja, através da consciência nós vemos o objeto. E acontece que, quando a pessoa já está desenvolvida o suficiente espiritualmente, ela é livre, ela sente uma coisa, mas vê outra. Ela percebe perfeitamente, que ela vê um objeto com os olhos terrestres. Mas ela vê o mesmo objeto com os olhos espirituais. Ela vê, se está cheia a pessoa espiritualmente ou se está vazia. Está vazio por dentro ou cheio. Novamente, em que estado está a Personalidade: num estado de escrava ou já obteve um grau de liberdade.

E porque é que muitos participantes vos mandar cartas (nós lemos pouco antes do programa), eles perguntam: «Porque é que aqueles que eles consideravam espirituais, eles sentem, que por eles por dentro estão vazios?» É exatamente nisso que está a essência, que as pessoas que se desenvolvem sozinhas, elas começam a sentir. E a perceção sentimental – é a visão sentimental. Ou seja, eles sentem, que a pessoa diz coisas corretas, mas por dentro estão vazias. Mas, novamente, da mesma forma a consciência pode jogar com as pessoas. Uma pessoa entra num tempo, e em vez de orar a Deus, ela começa com ele, como numa caixa de areia, a medirem pás de areia, apresentar insatisfações a Deus. Porquê? Porque a própria pessoa está vazia por dentro.

A consciência não o deixa perceber, não o deixa compreender nada divino. Mas ela (pessoa) quer... a consciência conta à pessoa, que ela deve sentir a manifestação do Mundo Espiritual fisicamente. Tem de acontecer realmente algo mesmo agora, aí tu acreditarás. Mas quantas vezes na história da humanidade as pessoas passavam por isso, quando realmente haviam fenómenos com manifestações metafísicas e coisas do género. E as pessoas?! Como é que interpretava isso a consciência delas? Ela começava a inventar, a explicar isso com fenómenos naturais, com certas questões metafísicas, magia, começava a culpar, que nessa pessoa está um demónio. Em primeiro lugar o que contará a consciência? «Nele está o diabo, e não o Espiríto de Deus». Porquê? Porque é muito mais fácil culpar e rejeitar, para que a Personalidade não encontra a liberdade. Se a consciência vê exemplos, ela percebe, que e ela consegue. Mas para a consciência isso é catastroficamente assustador. Assim ela e começa a culpar, a contar: «Isso é ao contrário, está um demónio ali...magia».

 J: Porque para o sistema não lhe é conveniente que a pessoa, se liberte espiritualmente.

IM: Claro, porque aí o sistema começa a trabalhar para a pessoa.

J: Sim, e quando o sistema em vez de receber...

IM: receber, ela perde. E é nisso que está o fenómeno: ninguém quer perder. É um mau negócio para o sistema.

T: Queria ainda partilhar assim um momento da minha própria experiência, porque percebo, que pode ainda aparecer assim uma pergunta na consciência das pessoas, que vão pelo caminho espiritual. Bem, pelo menos esta pergunta surgiu-me quando eu estava nas primeiras etapas. Quando eu pela primeira vez encontrei estes Conhecimentos, por dentro senti... algo muito familiar. E lá no fundo estava um certo: «Sim!» Mas a consciência o tempo todo mandava-me dúvidas, o tempo todo pesava os «prós» e «contras». A compreensão daquilo que irei adquirir no caminho espiritual – foi uma compreensão de dentro, uma compreensão além da consciência. Esse sentimento irrepetível de liberdade... Aqui havia uma absoluta profundidade de certeza... Mas a consciência mandava-me pensamentos: «E o que perderei eu no caminho espiritual?» Aqui, como é óbvio, estava uma emboscada, porque naquele momento eu não tinha resposta para essa pergunta. Bem, posso dizer que até surgiu um medo da consciência... Mas o bom de dentro, claramente, era muito mais...

IM: No caminho espiritual a pessoa não perde nada, a não ser a tristeza e a morte. A pessoa recebe. Por isso o medo de ir pelo caminho espiritual vem só da consciência. Porquê? Porque ela mete os seus grilhões na Personalidade. Mas a Personalidade no caminho espiritual perde-as. Muitas pessoas têm medo, que compreendendo, compreendendo verdadeiramente a espiritualidade, a pessoa pode perder as suas habilidades terrestres, que ela adquiriu. Vem um novo entendimento, uma nova compreensão. Vem a compreensão do que é a consciência. Mas para a consciência não lhe é conveniente, por isso é que ela e impõe a sua opinião, que a pessoa pode perder algo. Não perderás nada, só adquirarás. E adquirarás aquilo que é impossível adquirir na tridimensionalidade. Porque aquilo que adquirarás – é Eterno. E se é Eterno, quer dizer que não se perde. Isto é importante, é preciso saber antes de começar o seu caminho. E antes de fazer o primeiro passo, a pessoa tem de entender, que não pode se basear na consciência no caminho espiritual. Ela pode te levar, se ouvires os as suas dicas, e a doenças, e a tragédias, e a qualquer coisa. Mas desculpem lá, o que tem isso a ver com a espiritualidade, quando tu te baseias nas muletas partidas da tua consciência?

Não é preciso te baseares em nada. Simplesmente é preciso Amar. E quando tu realmente amas – amam-te e a ti. Para quê suporte àquele que não tem corpo? Um suporte é preciso ao corpo material, mas isso é temporário, e qualquer suporte é temporário. E isso é importante.

J: Sim, porque tu percebes que o caminho prático a Deus – é o caminho exatamente dos teus sentimentos e ações interiores. Isto é um momento muito importante – exatamente a ação. Ou seja, tu não estás sentado, tu não estás à espera, que virá alguém e te dará algo, mas tu ages, tu simplesmente expressas os teus sentimentos, tu amas, tu estás nesse sentimento todos os dias. Tu expressas as tuas ações através dos teus sentimentos, tu expressas-o no momento «aqui e agora». E é isso a tua linha da vida – é a vida da Personalidade. É muito diferente daquela vida pessoal, da qual sabe a tua consciência, ela obrigava-te a sofreres dos pensamentos, obrigava-te a pensar sobre o exterior... Porque nesses minutos com a profundidade da felicidade tu compreendes, que o teu Espírito – não está escravizado, que o teu Espírito – está acima do intelecto. Tu compreendes, que o Espírito – está livre, e tu compreendes, que o poder dele – está no Amor. Tu percebes, que a auto-expressão profunda do teu Amor infinito – isso é o caminho prático a Deus, e é exatamente isto, na prática, o mais importante.

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Do inevitavelmente morto para o eternamente vivo

IM: Quando as pessoas estão abertas umas para as outras e nelas domina mais a perceção através dos sentimentos, aí eles simplesmente acrescentam a tridimensionalidade. E na verdade eles percebem com facilidade, agarram-se com facilidade. E assim que a consciência sobrecarrega: "Mas como é que nós compreendemo-nos um ao outro? Eu nem sei a tua língua" Acabou, pararam de se compreender... Porquê? Não porque a consciência te distraiu, mas sim porque a perceção através dos sentimentos fechou-se. Porque a pessoa está lá onde, investe a sua atenção. Se tu a investes na consciência, na matéria, então a perceção através dos sentimentos fecha-se.

T: Há assim uma opinião, que quando a pessoa começa a sentir mais, o sistema também começa a reagir mais para essa pessoa. Igor Mikhailovich, poderá comentar este momento?

IM: Isso é mesmo assim, porque o sistema reage sempre, e ela faz tudo para que a pessoa, digamos, excomungar da perceção do Mundo Espiritual. Mete obstáculos no seu caminho. Porque realmente, quando acontece algo com a pessoa, a pessoa investe a sua atenção no que está a acontecer, e distrai-se pelo hábito. E o sistema através da sua consciência tenta mantê-lo fora do caminho espiritual, para que ela (pessoa) sinta menos coisas. Mas isso acontece, quando a pessoa começa  a sentir.

T: Igor Mikhailovich, e quando é que a pessoa torna-se invisível para o sistema?

IM: Quando ele vive do Mundo Espiritual, o sistema já não o vê. Ele (sistema) só o vê quando a pessoa vive do mundo material, quando ela está de novo aqui, como nós agora estamos aqui sentados, a falar e coisas do género, - agora nós somos vistos.

T: Ou seja, o primeiro passo no caminho espiritual - é conhecer-se a si próprio.

IM: Sim. Na verdade este caminho, sobre o qual nós estamos a falar - é simples, elementar, ele dá a possibilidade compreender toda a essência, toda a profundidade. Novamente, estudar como trabalha a consciência - ela não totalmente tua, e o mais cómico - é que não és tu. Mas nós já falamos disto contigo sobre isto no programa, que graças a Deus, agora nós podemos nos pronunciar. Porquê? Porque isso já está comprovado por inúmeros neurofisiologistas, e por outras pessoas, que estudam, que pelo menos se observam a elas mesmos. Elas (pessoas) próprias se confrontam que, na verdade a consciência mete mais paus nas rodas, do que ajuda, durante o processo de conhecimento dela (consciência)...

T: Com o que é que isso está ligado?

IM: Com a consciência de cada indivíduo, ela é parte de um todo. É como um micélio. O sistema existe na realidade. E é sobre isso que falam as religiões, na Bíblia, que existe o diabo... Claro que existe, ninguém diz o contrário. Podemos chamá-lo se várias formas: pode-se chamar de Inteligência Mundial, pode-se chamar de Absoluto, pode-e chamar de campo Informático, qualquer coisa. Mas o mais conveniente é chamá-lo de sistema.

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No caminho espiritual a pessoa não perde nada, a não ser a tristeza e a morte

  
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